Outubro 2025
Desastres naturais que parecem autênticas cenas de filme de terror
O planeta Terra encontra-se a passar por um momento crítico. Com o crescimento populacional e a crescente pressão sobre os sistemas naturais, diversos fatores pressionam o nosso ambiente. Entre estes, as Alterações Climáticas Globais surgem como um dos temas que mais atenção têm merecido: embora os ciclos climáticos sejam naturais, a intervenção humana acelerou processos e desencadeou fenómenos naturais em cadeia, para os quais muitos ecossistemas e sociedades não estavam preparados.
No âmbito do Halloween e do Dia Mundial dos Desastres Naturais, que decorreu no dia 13 de outubro, esta publicação pretende refletir sobre a força da natureza — aquela que realmente assusta — e o papel dos futuros engenheiros do ambiente.

O pesadelo do Japão
A 11 de março de 2011, um terramoto de magnitude 9,0–9,1 atingiu Tōhoku, no Japão, seguido de um tsunami com ondas superiores a 40 metros. Foi um dos mais fortes da história, destruindo vilas, infraestruturas e a central nuclear de Fukushima. O desastre provocou contaminação radioativa, deslocações populacionais e alterou a perceção global sobre o risco natural e a resiliência costeira.
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Mar de sangue em Espanha
Em 29 de outubro de 2024, chuvas extremas atingiram Valência e regiões vizinhas, com precipitação equivalente a um ano em apenas oito horas. Uma depressão isolada em altitude (DANA) gerou forte instabilidade, causando inundações súbitas que destruíram pontes, edifícios e áreas agrícolas. O evento causou mais de 200 mortos e graves perdas económicas, afetando o PIB espanhol em cerca de 0,2 pontos percentuais.
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O perigo da ausência de dados
Nem todos os desastres recebem a atenção devida. Um estudo de 2024 alerta que os dados sobre desastres naturais são frequentemente incompletos ou tardios, dificultando a previsão e a resposta. Esta falta de informação é crítica face ao aumento de fenómenos extremos causados pelas alterações climáticas. Quantificar e monitorizar o risco é essencial para projetar infraestruturas seguras e definir políticas eficazes.
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Os desastres naturais representam um dos maiores desafios contemporâneos, expondo a vulnerabilidade das sociedades face à natureza. A crescente frequência destes eventos exige não só respostas imediatas, mas também estratégias preventivas e integradas. O engenheiro do ambiente desempenha um papel crucial: analisar sistemas naturais, avaliar riscos, planear infraestruturas resilientes e promover soluções sustentáveis que minimizem impactos. Com conhecimento científico e técnico, estes profissionais transformam destruição em oportunidade, reconstruindo comunidades de forma segura, equilibrada e preparada para o futuro.